Nossa Voz: 2019 e a ofensiva conservadora [EDUCação]

Seção editorial traz opinião da Coordenação do Sindicato sobre primeiros meses de novo governo: “Sob a desculpa de investigar irregularidades em diferentes esferas da Educação, Bolsonaro pretende impor um clima de terror, aplicando a perseguição do Escola Sem Partido sem que essa verdadeira aberração legislativa esteja aprovada”.

Em seus primeiros meses de governo, Bolsonaro mostrou a clara intenção de lançar uma ofensiva contra os trabalhadores. Continuando a se utilizar de práticas fisiológicas, que sempre caracterizaram a ação de partidos e governos, os novos mandantes de Brasília vem fazendo negociatas espúrias junto ao Congresso Nacional e se colocando como representantes dos interesses dos ricos empresários.

Em meio às mais variadas trapalhadas, como os discursos infelizes do presidente e de seus ministros, passando pelas disputas internas entre membros dos diferentes grupos que compõem o governo, a Reforma da Previdência se coloca como sua prioridade. Possivelmente essa é a única pauta que unifica todo o seu governo e os interesses de banqueiros e empresários que o sustentam.

Na Educação, depois de indicar um inquisidor para ministro e nomear pessoas que não têm sequer noção das funções que devem exercer, Bolsonaro lançou o que chamou de Lava Jato da Educação.

Sob a desculpa de investigar irregularidades em diferentes esferas da Educação, Bolsonaro pretende impor um clima de terror, aplicando a perseguição do Escola Sem Partido sem que sequer essa aberração legislativa esteja aprovada. Essa perseguição não visa outra coisa a
não ser desqualificar os profissionais e os gestores, com vistas a entregar a Educação na mão de empresas privadas.

Com medo da resistência que já se organiza contra seu governo, Bolsonaro lançou uma intervenção nos sindicatos, criando dificuldades no pagamento das mensalidades. Essa medida ilegal, que sofreu logo nos primeiros dias várias derrotas na Justiça, deve ser apenas o primeiro passo do governo no sentido de perseguir os trabalhadores organizados e em luta.

Para resistir à ofensiva do novo governo será preciso organizar todos em seus locais de trabalho, como parte da construção de uma greve geral. Essa mobilização precisa exigir também que as direções das centrais sindicais se disponham a organizar os trabalhadores pela base. Somente assim será possível garantir a defesa do caráter público e gratuito da educação.

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