07 de setembro: SINASEFE Litoral constrói o Grito dos Excluídos em Blumenau

Atividades iniciarão às 8h da manhã, em frente ao Teatro Carlos Gomes. O Grito dos Excluídos reúne dezenas de sindicatos, organizações de trabalhadores, estudantes e movimentos sociais e neste ano destaca a luta pelo fim dos privilégios e da desigualdade no país

No próximo dia 7, em que se comemora a independência do Brasil, o SINASEFE Litoral se junta a diversas organizações sociais para marcar a data com a perspectiva dos trabalhadores e das trabalhadoras de Blumenau e região.

Desde 1995, o Grito do Excluídos adiciona ao 7 de Setembro a perspectiva de luta para uma soberania nacional verdadeira, que supere um patriotismo passivo em direção à cidadania ativa e participativa e à construção de uma sociedade nova, justa, solidária, plural e fraterna. Neste ano, o tema nacional do Grito é a “Vida em primeiro lugar! Desigualdade gera violência: basta de privilégios”, com arte de Nivalmir Santana, artista plástico formado pela Belas Artes de São Paulo e Unesp.

Em Blumenau, constróem o ato, além do SINASEFE, organizações como Sintrafite, Sintraseb, Sinte, Sinditranscol, Sindicato dos Eletricitários, Sindicato dos Vigilantes, trabalhadores de refeições coletivas, Pastoral Social, Movimentos de Bairros e Comunitários, Grupos de Hip-Hop e o Movimento Indígena da região do Vale do Itajaí, entre outras organizações. A concentração terá início às 8h da manhã, na praça do Teatro Carlos Gomes.

Grito dos excluídos

Inicialmente organizado pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas desde sua primeira edição uma construção coletiva de diversas organizações dos trabalhadores e trabalhadoras, o Grito busca adicionar consciência política de luta por uma nova ordem nacional ao Dia da Pátria.

As manifestações do Grito são variadas e incluem celebrações, atos públicos, romarias, caminhadas, seminários e debates, teatro, música, dança e feiras de economia solidária, muitas vezes iniciando até uma semana antes do dia 7, na chamada “Semana da Pátria”.

De acordo com seus organizadores, o Grito dos Excluídos tem como objetivo geral “valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, construindo ações a fim de fortalecer e mobilizar a classe trabalhadora nas lutas populares”, além de “denunciar a estrutura opressiva e excludente da sociedade e do sistema neoliberal que nega a vida e quer nos impedir de sonhar”.

Tem, ainda, como seus objetivos específicos:

> defender a vida dos e das excluídas, assegurar os seus direitos, voz e lugar, construindo relações igualitárias que respeitem a diversidade de gênero, cultural, racial, religiosa.

> construir espaços e ações organizadas politicamente a fim de fortalecer e mobilizar o povo a lutar por um projeto de sociedade mais igualitária e fraterna, que valorize a vida, a distribuição de terra, renda e bens para todos.

> denunciar as estruturas opressoras da sociedade, as injustiças cometidas pelo modelo econômico neoliberal, a concentração de renda, a criminalização dos movimentos, dos defensores e defensoras dos direitos humanos e das lutas populares.

> ocupar os espaços públicos e exigir do Estado a garantia do acesso e a universalização dos direitos básicos como educação, segurança pública, saúde, transporte, alimentação saudável, saneamento básico e moradia, além de lutar contra a privatização dos recursos naturais e contra as reformas que retiram direitos dos trabalhadores.

> cobrar dos governantes uma auditoria integral da dívida pública (interna e externa), que consome aproximadamente 45% do nosso dinheiro (orçamento federal) pagando juros e amortizações aos especuladores.

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