2021 em retrospectiva

O final de ano nos dá a oportunidade de olharmos para trás e notarmos o que este ciclo representou em nossa história. Relembrar e valorizar o que construímos em nossos esforços conjuntos.

Chamar um ano de ‘atípico’ depois do que vivemos parece pouco. 2021 iniciou sem que 2020 se encerrasse levando consigo a pandemia do século. E 2021 vai-se também assim, deixando a covid-19 ainda como uma ameaça à espreita.

Também por isso é importante revisitarmos nossas memórias. Para encararmos de frente a realidade do que vivemos e nos fortalecermos para o que se avizinha em 2022.

Fora Bolsonaro!

Será preciso elencar todos os motivos para ir às ruas contra o atual governo? Corrupção descontrolada, compra de parlamentares, negacionismo escancarado, desrespeito para todos os lados, entreguismo, destruição ecológica, desemprego, fome, o retorno do dragão da inflação… A lista é longa.

Mesmo à distância ou receosos diante da pandemia, durante o ano mostramos nossa indignação indo às ruas pelo fim deste que é o pior governo democraticamente eleito que o país já teve.

VITÓRIA! 2021 vai embora sem Reforma Administrativa

Se o governo segue instalado em Brasília, ao menos pudemos comemorar um resultado da pressão produzida por nós e por tantos companheiros e companheiras servidores públicos. Em 2021, não teve Reforma Administrativa!

O governo Bolsonaro vem tentando aprovar uma reforma administrativa que desmonta o serviço público brasileiro desde que foi eleito e nem mesmo diante de tantos assuntos importantes e mais relevantes em meio a maior pandemia de nossa geração deixou a pauta de lado.

Coube a nós, durante todos esses meses, nos organizarmos para alertar nossa própria categoria, a população de maneira geral e os parlamentares sobre os riscos da Reforma.

Audiências públicas, manifestos, greves, notas. Foram várias as maneiras de alertar sobre o assunto no decorrer do ano. Nos últimos meses, semanalmente os servidores, incluindo representantes de nossa Seção, pressionavam os parlamentares em Brasília para não permitir esse golpe de morte aos serviços públicos.

A nota de pesar ficou por conta da maneira como a Reitoria do Instituto encarou a divulgação do tema. Para alertar nossas próprias comunidades, o Sindicato pendurou faixas nos diversos Campi em que tem representação, chamando para a greve organizada a partir dessa temática.

Dias depois, a Reitoria preferiu estar ao lado da censura à manifestação, ameaçando os servidores caso as faixas permanecessem onde estavam. Uma nota pública conjunta das Seções do SINASEFE no IFC, também subscrita por outras Seções e entidades sindicais de todo o Brasil, alertou para o constrangedor sinal dos tempos da gestão do Instituto, eleita sob a democracia, vê com maus olhos a livre expressão do descontentamento com o atual estado do país.

Combate à pandemia

Se 2020 foi o ano em que conhecemos os efeitos do covid-19 em escala global, 2021 ficará marcado como o primeiro ano completo que tivemos sob a pandemia de coronavírus.

Tendo sempre em primeiro lugar a saúde de sua categoria e de toda a comunidade, a Seção Litoral acompanhou de perto as discussões sobre o retorno ao regime presencial.

Desde o início deste debate, deixou clara sua intenção de só retornar após a imunização de professores, técnicos, funcionários terceirizados e estudantes.

Quando as vacinas chegaram aos educadores, no final de maio, ajudou na divulgação do processo de vacinação em nosso estado.

E no segundo semestre, seguiu acompanhando as movimentações que o Instituto fazia para que o regime presencial fosse retomado. Questionamos as condições para o retorno junto à Reitoria, apontando para o que a ciência já nos diz sobre a transmissão do coronavírus.

No final do ano fomos além. Criamos um site específico com conteúdos sobre o retorno seguro ao regime presencial. Com o protocolo atual, sugestões de melhorias e um canal de denúncias contra irregularidades na aplicação deste protocolo.

Solidariedade de classe

Ao mesmo tempo que pensávamos na saúde em meio à pandemia, em 2021 aumentamos nossa atuação social. O Sindicato, como entidade que organiza os trabalhadores, sempre se notabilizou por olhar também pelos trabalhadores mais vulneráveis. Mas na pandemia sob o governo Bolsonaro, essas ações precisaram ser ainda mais presentes, remediando, ainda que pouco, a grave crise que vivemos.

Nessa jornada, o SINASEFE Nacional também foi atuante desde o início do ano, abrindo edital para que os servidores fizessem sugestões de entidades e ações a serem realizadas. O mesmo fez a Seção no inicio do ano, para auxílio às comunidades do entorno do IFC.

Em junho, o Sindicato também complementou o valor que garantiu a reforma do Centro de Direitos Humanos em Joinville, Centro que é referência das lutas sociais no norte do estado.

Em agosto, a solidariedade foi com os povos indígenas de nossa região, na luta travada em defesa de suas terras e contra o marco temporal em debate no Supremo Tribunal Federal.

Formar e informar

Construir uma visão crítica também faz parte de nossas atribuições. Por isso, durante o ano produzimos e participamos de lives, construímos cursos e produções científicas, lançamos campanhas e manifestações sobre a realidade que vivemos e aquela que queremos para nosso futuro.

No mês das mulheres, discutimos políticas públicas em uma bancada 100% feminina. Direito à cidade, acesso à educação, saúde e cultura, tudo junto em uma live especial que contou ainda com participação artística.

No 1º semestre, construímos também lives sobre a PEC Emergencial e para marcar o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.

Já na segunda metade do ano, a live ‘Serviço Público: eu construo, eu defendo’ marcou o dia de greve, em agosto, e o Curso Gênero e Visibilidade debateu pautas do feminismo em meio à realidade sindical em que nos inserimos.

Em outubro, um novo número da Potemkin foi lançado, enquanto novembro contou com um de nossos eventos de maior sucesso, o Seminário de Educação do SINASEFE no IFC, construído em parceria com a Seção Rio do Sul.

No decorrer do ano discutimos também a implantação do teletrabalho no Instituto, produzindo uma cartilha de questionamentos sobre o tema, e as mudanças propostas no escopo das atividades docentes no IFC.

Institucional

2021 também foi de evolução para a Seção. Em junho, oficializamos nossa filiação ao DIEESE, entidade que presta suporte em pesquisas econômicas e sociais para sindicatos há várias décadas.

Um novo sistema de gestão eletrônica foi aprovado e está em fase de implantação, enquanto uma nova forma de agendamento junto a assessoria jurídica foi apresentadas para os filiados.

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