Nesta quarta-feira (29/08) é celebrado no Brasil o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A data foi criada como expressão das lutas de ativistas lésbicas e bissexuais brasileiras por igualdade e respeito, tomando como marco o 1º Seminário Nacional de Lésbicas e Bissexuais (Senale), realizado em 29 de agosto de 1996.
No ano de 2003, por ocasião da morte da ativista lésbica Rosely Roth, houve a iniciativa de consagrar também o dia 19/08 como Dia Nacional do Orgulho Lésbico. Em 1983, nesta data, durante o Regime Militar no Brasil, Rosely e várias ativistas lésbicas, acompanhadas de participantes de outros movimentos sociais, ocuparam o Ferro’s Bar em São Paulo, como resposta às agressões lesbofóbicas ocorridas no local algumas semanas antes.
Como símbolo e resistência, este Dia Nacional da Visibilidade Lésbica que hoje celebramos marca um momento de lutas singulares e necessárias. O preconceito contra a comunidade LGBT cresce desenfreadamente no Brasil, materializando-se muitas vezes em agressões (verbais e físicas), em limitações no acesso aos direitos e em assassinatos. Temos esse preconceito materializado inclusive em uma candidatura presidencial bem pontuada nas pesquisas de intenção de voto – o que é bastante preocupante.
A ausência de políticas públicas/educativas de combate ao chamado “estupro corretivo”, motivado pela lesbofobia (corrigir a orientação sexual das lésbicas) e a invisibilização das mulheres lésbicas mesmo quando os debates LGBT estão em cena são questões que merecem nossa reflexão.
O SINASEFE homenageia todas as mulheres neste 29 de agosto, em especial as mulheres lésbicas. Seguiremos na luta por um mundo “onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres!”
Arte
A ilustração das nossas mídias deste Dia Nacional da Visibilidade Lésbica foi produzida pela artista Amanda Martins Müller. Nascida em 5 de dezembro de 1991, Amanda é escritora, desenhista, compositora, cantora e psicóloga de crianças e adultos.