Assembleia define delegação para Congresso e medidas contra o ponto eletrônico no IFC

Docentes e Técnico-Administrativos em Educação do IFC filiados ao SINASEFE Litoral definiram paralisação e boicote aos testes com o controle de frequência eletrônico. Chapa “o momento exige unidade” envia sete representantes ao 32º CONSINASEFE.

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A assembleia da Seção que ocorreu na tarde desta segunda, 19, no IFC Camboriú, teve como debate principal o projeto de implementação do ponto eletrônico para os TAEs no Instituto. Descontentes com as medidas que já vem sendo tomadas pela gestão da instituição para ampliar os chamados “testes” do sistema de ponto, TAEs e docentes decidiram paralisar suas atividades daqui um mês, no dia 19 de abril, além de iniciarem até lá uma campanha de boicote aos testes com o sistema.

Durante o debate, foram colocados diversos argumentos para o combate a implantação do ponto no IFC. O primeiro deles trata da justificativa por trás da medida, calcada, de acordo com a Reitoria, em uma auditoria interna que apontava sua necessidade. No ponto de vista dos servidores, há uma série de outras demandas que precedem este debate e que pouco ou nada evoluíram nos últimos anos. Por qual razão, questionam-se, essa questão vem sendo conduzida com agilidade tão ímpar?

Outros questionamentos são quanto a viabilidade técnica da implementação do controle. Qual o custo de sua operação? Em um momento de seguidos cortes nos recursos, quanto pode ser despendido em verbas para que se atenda esse controle?

Juntam-se as questões econômicas e de prioridade da gestão, outras divergências. Uma delas é quanto a lógica por trás da implantação do controle, transferindo para o setor público a lógica do produtivismo típico das empresas privadas.

Nessa mesma linha, a previsão é de que o controle tenha potencial para aumentar os casos de assédio moral – ainda mais em um sistema que, a própria gestão admite, pode ser acessado e alterado pelas chefias sem a anuência dos servidores, situação que abre espaço para constrangimentos, chantagens e outras formas de assédio.

Diante desses e outros argumentos, a Assembleia aprovou medidas que demonstrem o descontentamento das categorias frente à implantação do ponto de maneira geral, especialmente num momento que anuncia-se a ampliação dos testes da gestão para mais dois Campi do Instituto, Araquari e São Bento do Sul, além da Reitoria, que já vem testando o sistema.

Foi aprovado que o Sindicato irá acionar sua Assessoria Jurídica para encaminhar o que for possível por essas vias. Administrativamente, a Seção também irá acompanhar a Comissão recomposta pela gestão para modificar a Instrução Normativa de 2014 que determinou a implantação do controle eletrônico na Instituição.

Além disso, foram aprovadas medidas políticas de conscientização dos TAEs e enfrentamento ao ponto eletrônico. Uma campanha comunicacional para que os técnicos boicotem os testes será lançada nas próximas semanas e uma paralisação das atividades está programada para demarcar a posição dos servidores.

Informes e análise de conjuntura

Nos pontos que abriram a Assembleia – informes e análise de conjuntura, os presentes repassaram as últimas atividades que participaram representando o sindicato, como o Seminário de Estratégias de Luta, a Plenária Nacional do SINASEFE e a reunião entre as Seções Sindicais com a gestão (mais informações sobre esta reunião serão divulgadas em nosso site durante a semana), além da reunião da Direção Nacional com o governo federal.

A análise de conjuntura, por sua vez, abordou a situação nacional em que nos encontramos, um cenário de seguidos cortes no orçamento da educação e que, com medidas como a Emenda Constitucional que criou um teto para os gastos para os próximos vinte anos, tende a se deteriorar ainda mais. Privatizações, terceirizações, extinção de mais cargos representam o horizonte, em uma realidade que, se ainda se adicionar pouca  resistência popular, pode caminhar com ainda mais agilidade. A união das categorias, a luta pela educação e pela sobrevivência do serviço público representam, neste cenário, as poucas possibilidades de influenciar para barrar tantos retrocessos.

Eleição de delegados para o 32º CONSINASEFE, encerramento dos trabalhos e nova assembleia marcada para abril

Diante da importância do debate sobre o ponto eletrônico, se esgotou o tempo previsto para as demais pautas previstas para a Assembleia desta tarde de segunda em Camboriú. Ciente da necessidade da eleição de uma delegação que represente a Seção no 32º CONSINASEFE em Brasília, que precisava ser definida, de acordo com o regimento do Congresso, ainda nesta semana, a Assembleia deliberou abordar esta pauta, realizar as eleições e definir Araquari como local e 03 de abril como data para retomada das demais pautas previstas para esta Assembleia (Assembleia regimental; questões relacionadas ao Plano de Saúde e Assuntos Gerais, além de duas pautas adicionadas no início dos trabalhos da Assembleia).

Para realizar as eleições, foi inicialmente apresentada à Plenária as regras definidas pelo regimento do Congresso e o formato de votação por chapas. Suspensos os trabalhos para formação das chapas, houve a inscrição de chapa única, intitulada “o momento exige unidade” e formada por 11 nomes, entre titulares e suplentes, para as sete vagas que o sindicato terá direito. A chapa foi eleita por unanimidade.

Confira abaixo a relação de representantes eleitos (por ordem alfabética):

TITULARES:

  • Débora Regina Claudiano
  • Evandina Argena da Silva
  • Guilherme Migliorini
  • Herlon Iran da Rosa
  • Isaias dos Santos
  • João Carlos Cichaczewski
  • Rúbia Graziela de Souza Sagaz

SUPLENTES:

  • Carlos Alberto do Santos
  • Fabio Alves dos Santos Dias
  • Mario Luiz Madeira Ferreira
  • Sidnei Skarbek

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