Na sexta, 15, o fórum da pequena cidade de Abelardo Luz, no oeste do estado, foi palco de uma manifestação popular em defesa do Campus Avançado do Instituto Federal Catarinense num assentamento da reforma agrária na cidade. A ação também foi em solidariedade aos servidores do Instituto Federal Catarinense Ricardo Velho e Maicon Fontanive, processados em ação do Ministério Público Federal que investiga suposta ingerência do MST nas ações do Instituto no Campus.
O ato contou com a presença de representantes políticos como deputados e vereadores comprometidos com a defesa do Campus e de lideranças dos movimentos sociais como do próprio Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, de sindicatos de trabalhadores urbanos e rurais, estudantes, funcionários e professores das escolas e universidades da região e movimentos da Via Campesina.
Para estas lideranças, a ação movida pelo MPF contra os servidores indica uma perseguição à própria proposta de um Campus no interior de um Assentamento. Hipótese que se fortalece quando se leva em consideração os posicionamentos de políticos e lideranças ligadas ao agronegócio e à elite local, contrários à existência do Campus dentro do Assentamento José Maria.
Por isso a proposta do evento em defesa do Campus, abrindo uma clara oposição à saída do Instituto de dentro do Assentamento, onde atende centenas de famílias de assentados e não assentados de toda a região.
Além de manifestações ao microfone e da queima de um caixão com fotos e nomes de políticos considerados inimigos da educação pública, o ato contou com a entrega de uma carta dos movimentos no fórum da cidade, registrando publicamente o descontentamento popular com estes ataques à educação.
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