Confira relato do que foi debatido no espaço solicitado pelas Seções Sindicais do IFC com Reitora Sônia Regina de Souza Fernandes
Relato da Reunião de 15 de abril entre as Seções SINASEFE e a Reitora do IFC
No último dia 15, as sete seções sindicais do SINASEFE no IFC reuniram-se virtualmente com a Reitora, Sônia Regina de Souza Fernandes, Pró-reitores e membros da atual gestão da instituição.
Na reunião, as Seções, cada uma com dois representantes, puderam ampliar diante dos gestores do Instituto aquilo que já haviam afirmado em nota.
Foram questões relacionadas aos desafios e limitações impostos pelo ensino remoto, como a não separação entre trabalho e descanso, jornadas laborais que superam as oito horas diárias, o atendimento a alunos (tanto por parte de docentes quanto de técnicos) a qualquer momento do dia e o financiamento dos próprios servidores de custos com equipamentos eletrônicos, conexão de internet e mobiliário.
Pautas que se somam ainda à incerteza do retorno presencial, previsto em documentos institucionais para antes da vacinação de servidores, terceirizados, alunos e familiares. Diante disso, as Seções solicitaram que a gestão se coloque mais atenta às condições de execução do trabalho e das condições de saúde física e mental de seus servidores
No documento enviado à Reitoria, as Seções tratavam também do regramento das Atividades de Ensino Remoto (AERs), alteradas no intervalo entre o envio da Nota e a realização da reunião do dia 15. Diante das mudanças e da justificativa da gestão de que tais regras mudam de tempos em tempos a partir de uma comissão que está sempre reavaliando-a, as Seções pediram que o processo de alteração fosse alvo de maior atenção e comunicação interna de parte da gestão, aumentando a chance de que os servidores se ponham a par do estágio mais recente delas.
No que concerne à Comissão que redige uma minuta sobre o Teletrabalho no IFC, a principal crítica das Seções é para a ausência de um estudo prévio de viabilidade para implantação deste novo regime de trabalho. Para o Sindicato, antes de se discutir o modelo de trabalho a ser implantado deveria ocorrer um amplo debate com a comunidade. Já a gestão defendeu o trabalho da Comissão e afirmou compreender que uma vez editada a Instrução Normativa 65 (IN 65/2020), a instituição estaria obrigada à implantação do regime de teletrabalho.Diante deste retorno, as Seções reafirmam que seguirão vigilantes, utilizando sua representação na Comissão para garantir parâmetros adequados para a aplicação do teletrabalho no Instituto.
Em outro ponto de pauta, sobre as condições gerais de trabalho remoto, a Reitora diz-se atenta às críticas. Disse ainda que o IFC disponibiliza empréstimos institucionais para que os servidores levem os equipamentos que utilizam no dia-a-dia para suas casas neste período de atividades remotas. Os representantes dos trabalhadores pontuaram, no entanto, que os notebooks institucionais são tecnologicamente defasados, e dificultam muito, quando não impossibilitam, o trabalho remoto, já os equipamentos maiores são de difícil logística para boa parte dos servidores
De acordo com a Reitora, ela tem utilizado sua cadeira como presidente do CONIF para atuar em defesa da vacina e dos servidores dos Institutos junto ao MEC e ao Congresso. A preocupação dos Sindicatos, no entanto, segue sendo com a redação que o Comitê de Crise do IFC fez para o Plano de Contingência da instituição. Nele, a vacina não é prevista como condição para o retorno ao ensino presencial. Por isso, seguiremos cobrando que o Plano de Contingência aponte a necessidade da vacinação como condição para o retorno presencial.
Na avaliação das Seções, a reunião foi importante como uma abertura para que se intensifiquem debates importantes no cotidiano dos trabalhadores do Instituto. Diante do momento ímpar da história que vivemos, o diálogo e a construção coletiva devem ser as bases.
Assinam esta nota:
Seção Sinasefe Litoral
Seção Sinasefe Santa Rosa
Seção Sinasefe Videira