Delegados foram às urnas para definir nova Direção Nacional e Conselhos Fiscal e de Ética
A segunda-feira, 30, foi o dia mais intenso do 32º Congresso do SINASEFE. Pela manhã, foram apresentadas as teses de Planos de Lutas incluídas no Caderno de Teses do Congresso e tiveram início intervenções de até três minutos para que os delegados presentes trouxessem seus pontos de vista sobre as teses apresentadas ontem (Conjuntura) e hoje (Plano de Lutas).
À tarde, o retorno dos trabalhos teve início com um ato em favor da liberdade religiosa e em defesa das religiões de matrizes africanas – tantas vezes perseguidas no país, e a leitura de um manifesto sobre o tema, aprovado pelos delegados do Congresso. Na sequência, novas intervenções do plenário deram seguimento às atividades.
Eleições
Em seguida, foram apresentadas as candidaturas individuais aos Conselhos Fiscal e de Ética. Já iniciava a noite quando, como última ação antes das eleições, começou o debate entre as cinco chapas que disputam os cargos da Direção Nacional. O dia foi finalizado com a votação para Direção Nacional e para os Conselhos, feita em cédulas de papel.
Por conta do atraso nos trabalhos, a apuração dos votos deve seguir na madrugada da terça, 1º. O período para apresentação de impugnações à votação e a deliberação sobre elas, que já estava prevista para ocorrer na madrugada, também ficou prejudicada e deve ocorrer nesta terça.
1º de Maio
Na terça pela manhã, as chapas definem os nomes dos integrantes da Direção Nacional para o próximo biênio. Os delegados participarão ainda de ato em função do Dia do Trabalhador. Pela tarde, há período para recursos ao plenário, a cerimônia de posse da DN e das Comissões Fiscal e de Ética e o encerramento do Congresso.
Como funcionam as eleições da DN?
A Direção Nacional do SINASEFE é constituída por 27 integrantes, 21 coordenadores titulares e 6 suplentes. O processo eleitoral tem início nas bases, com eleições de delegados em Assembleias nas Seções Locais.
No Congresso, os delegados de base podem ver os diferentes pontos de vista das forças políticas internas ao Sindicato, já presentes nas teses apresentadas ao Congresso. Respeitando os critérios definidos pelo regimento do Congresso, podem também compor uma das chapas que se formam no decorrer dos trabalhos congressuais.
Definidas as chapas, há um debate com metodologis definida em conjunto com a Comissão Eleitoral que coordena os trabalhos, e onde as diferenças de perspectivas e concepções ficam mais evidentes. Na sequência, os delegados vão às urnas, em eleição secreta conjunta com a eleição dos Conselhos.
A Direção Nacional se constitui proporcionalmente conforme a votação de cada chapa. Ainda no Congresso, são definidas as pessoas que tomarão posse em cada coordenação.
Como funcionam as eleições dos Conselhos?
Os Conselhos Fiscal e de Ética seguem sistemática diferente. Os delegados e as delegadas interessadas em compor cada Conselho apresentam suas candidaturas individualmente. Cada postulante se apresenta aos delegados, que votam nos candidatos de sua preferência.
São cinco titulares e cinco suplentes na Comissão de Ética e três titulares e três suplentes para o Conselho Fiscal. Os conselheiros não podem compor, ao mesmo tempo, posições na Direção ou em mais de um Conselho.
Os Conselheiros eleitos tomam posse junto com a Direção. O Conselho Fiscal é eleito por dois anos, já o Conselho de Ética tem mandato de um ano – nesse caso, os Congressos Estatutários, que ocorrem em anos ímpares, elegem nova composição do Conselho.
Confira as chapas que disputam a direção nacional
Chapa Inconfidentes avançando na luta classista
Autonomia e independência
O SINASEFE deve atuar com plena liberdade. Isso significa, em primeiro lugar, afirmar nossa independência frente aos patrões e a qualquer governo. Reconhecemos a importância dos partidos políticos de esquerda, mas também reivindicamos autonomia para representar a base sem servir como mera correia de transmissão de políticas externas.
Classismo
A política do SINASEFE deve se orientar pela defesa da classe trabalhadora. Isso significa atuar em articulação com outros sindicatos, centrais e movimentos sociais para encaminhamento das lutas gerais dos trabalhadores. Por isso, vemos como fundamental a participação do nosso sindicato na CSP-Conlutas.
Democracia sindical
Repudiamos grupos que buscam se impor sobre o sindicato através da burocratização, despolitização, moralismos e ataques pessoais. As instâncias do sindicato devem ser politicamente plurais e garantir a participação de mulheres, negros, LGBTT e todos os grupos historicamente segregados.
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Chapa Sonhar e lutar
O SINASEFE deve estar na linha de frente em defesa da construção de uma ampla frente de resistência aos ataques do governo aos direitos dxs trabalhadorxs e às liberdades democráticas.
O SINASEFE deve desenvolver uma ampla campanha em defesa da Rede Federal de Educação, denunciando manobras de desmonte como por exemplo o reordenamento dos campi, bem como os cortes de verbas.
O SINASEFE deve pressionar o Conif para realização de um grande seminário nacional para discutir as distintas leituras dos direitos dxs trabalhadorxs (sic). Não podemos aceitar que direitos reconhecidos em uma unidade da rede sejam desprezados em outra.
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Chapa Firmes na luta
A chapa tem por orientação política a independência e autonomia dos trabalhadores, entende que a nova DN deve pautar suas ações com base em três eixos:
- Luta e mobilização: atuar com a base contra os atuais ataques (reforma trabalhista, do ensino médio, reordenanento etc);
- Formação política: foco nos ataques utilizando diversos meios (intervenções culturais, cursos e seminários) aos trabalhadores e estudantes;
- Campanha de luta e esclarecimento permanente em defesa da rede federal e contra as recentes propostas de reordenamento, dialogando com estudantes e outros trabalhadores.
Enfim, os Firmes defendem a construção de um plano de ações para a direção nacional baseado na concepção de educação da perspectiva da classe trabalhadora, em consonância com outras entidades, sindicatos e, principalmente, em diálogo permanente com a base, a fim de construir resistência sólida aos ataques do grande capital e do Estado brasileiro.
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Chapa Sinasefe independente, democrático e de lutas
Para agregarmos os valores da democracia, solidariedade, ética, independência e luta, estendemos o convite para unirem-se às nossas causas. Precisamos superar divergências e compreender que nosso inimigo é aquele que nos oprime e retira direitos. Nossos princípios estão ancorados na defesa da Democracia; na luta contra o Golpe; na luta contra as perseguições e prisões políticas – incluindo Lula Livre. Precisamos garantir a nossa autonomia e identidade. Não podemos continuar sendo instrumentalizados por uma Central ou por agrupamento político.
Nossos planos enfatizam a retomada dos encontros regionais; realização dos GTs em caráter permanente; encontro anual de mulheres; Escola de Formação do SINASEFE; maior frequência das plenas do SINASEFE; valorização de nossa carreira com destaque para a política salarial e a luta contra o Funpresp e as ameaças da Reforma da Previdência. “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” (Rosa Luxemburgo).
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Chapa Em defesa da unidade da classe trabalhadora
Compreendemos que entre todos e todas ativistas que atuam no SINASEFE existem vários posicionamentos em relação aos governos Lula e Dilma no que tange às escolhas políticas dos mesmos sobre as eleições de 2018 mas, um ponto é consenso, e tornou-se uma bandeira de unidade: “A luta contra medidas autoritárias e as restrições aos poucos espaços de democracia em nosso país” e, é nessa perspectiva, que a chapa “Em defesa da unidade da classe trabalhadora” vem apresentar como eixos principais da sua plataforma a defesa de um Estado Democrático de Direito, Unidade de atuação, contra o fisiologismo, burocratização e sectarismo, por um sindicato de luta e classista e em defesa da rede federal de educação profissional, contra os cortes, reordenamento e do ensino médio.
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Veja quem são os candidatos aos Conselhos
Presença do Sinasefe Litoral
O SINASEFE Litoral está presente com sete delegados e dois observadores no Congresso do SINASEFE. Realizado em Brasília-DF, o CONSINASEFE iniciou no sábado e segue até terça. Acompanham o Congresso como delegados do Sindicato Débora Regina Claudiano, Evandina Argena da Silva, Guilherme Migliorini, Herlon Iran da Rosa, Isaias dos Santos, João Carlos Cichaczewski e Rúbia Graziela de Souza Sagaz. Além deles, participam como observadores Carlos Alberto do Santos e Sidnei Skarbek.
