Mais de 200 mil ocupam Brasília e reafirmam a força dos trabalhadores organizados

Texto do SINASEFE Nacional

Trabalhadores da Educação Federal, organizados em diversas bases do SINASEFE, se somaram às centenas de milhares de lutadores que marcharam na Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (24/05). Mais de 200 mil pessoas ocuparam Brasília-DF denunciando as Reformas da Previdência e Trabalhista, exigindo a saída do presidente Michel Temer e pedindo eleições diretas. A marcha histórica, convocada pelas centrais sindicais, foi duramente reprimida ao se aproximar do Congresso Nacional, mas a resistência e a organização dos trabalhadores foi determinante para deixar um recado bem claro: nenhum direito a menos!

Concentração

Ao longo da manhã, as delegações vindas de diversos estados se concentraram sob tendas armadas nas proximidades do Estádio Mané Garrincha. O espaço preparado pelo SINASEFE para receber os participantes ficou pequeno quando se somaram trabalhadores e estudantes vindos de Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Delegações de outros estados e do Distrito Federal (DF) também se somaram aos lutadores ao longo da atividade.

Marcha

As bases de servidores e estudantes da Educação Federal estiveram representadas na atividade: Andes-SN, Fasubra, Fenet e SINASEFE organizaram sua entrada em bloco na marcha – UBES e UNE estiveram presentes com bloco um pouco à frente. Colunas de trabalhadores de dezenas de categorias tomaram as ruas da capital federal. Movimentos estudantis, camponeses, de sem terras e de sem tetos, de mulheres, de quilombolas e de LGBTs engrossaram as fileiras da marcha-ocupação.

Revista e repressão

Houve revista de bolsas e mochilas quando as primeiras colunas se aproximavam da Esplanada. Com o aumento progressivo da quantidade de pessoas, a Polícia Militar do DF (PM-DF) suspendeu a revista e foi ao passo seguinte: repressão pesada. Cachorros, cavalaria, balas de borracha, bombas de efeito moral, gás lacrimogênio e de pimenta – e o pior, armas de fogo – foram alguns dos recursos empregados pela PM-DF e Polícia Legislativa para impedir o avanço da manifestação. (Confira no vídeo as imagens dos policiais atirando com armas letais).

No entanto, o tensionamento da repressão não dispersou a marcha, diferente de outras ocasiões. As colunas recuavam, os lutadores recuperavam o fôlego e permaneciam na resistência. Pneus e banheiros químicos foram queimados para evitar o avanço da polícia sob a manifestação.

Enquanto a ocupação persistia, o golpista Michel Temer chamou o exército para as ruas da capital federal, numa nítida demonstração dos efeitos e da magnitude do movimento das ruas.

Feridos e presos

Além de uma pessoa baleada na boca e um estudante machucado gravemente na mão, dezenas de participantes ficaram feridos e presos. Os casos estão sendo acompanhados pelas Assessorias Jurídicas e pelas direções sindicais e, em breve, mais informações serão disponibilizadas.

Dispersão

Até às 20 horas, algumas delegações ainda retornavam ao ponto de partida da marcha para organizar a viagem de volta aos seus estados. O SINASEFE distribuiu os últimos lanches reservados aos trabalhadores e estudantes na tenda do sindicato.
Cobertura ao vivo

Confira a cobertura ao vivo da atividade feita pela Ascom do SINASEFE:

Ábum de fotos

Confira também o álbum de fotos da atividade

(Crédito da foto ao topo: Agência Brasil)

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