O PL 5595/2020 está tramitando em regime de urgência, e poderá ser votado na próxima semana. É urgente nossa mobilização para barrar mais esse ataque às vidas dos educadores e toda a comunidade escolar e acadêmica. É possível nos manifestarmos votando em “discordo totalmente” na enquete da Câmara dos Deputados.
Confira nota do plantão do SINASEFE Nacional sobre o tema:
O SINASEFE NACIONAL, que representa os trabalhadores e as trabalhadoras dos Institutos Federais, Cefets, Colégio Pedro II, INES, IBC, Colégios Militares e Ex-Territórios, vem publicamente repudiar o Projeto de Lei nº 5595/2020, que pretende incluir a Educação no rol dos serviços e atividades essenciais, inclusive durante o enfrentamento à pandemia da COVID-19. Isso significa tornar obrigatório, mesmo sem vacina, o retorno às atividades presenciais nas escolas, respaldando o que alguns governadores e prefeitos já vêm fazendo de maneira irresponsável.
Com mais de 365 mil mortes por COVID-19 no país até o momento, menos de 4% da população foi vacinada com a segunda dose. Há um aumento exponencial do número de jovens ocupando leitos em UTIs, faltam medicamentos dos kits de entubação e temos pessoas morrendo nas filas de espera por leitos especializados. Essa obrigatoriedade do retorno às aulas presenciais neste momento é extremamente absurda e nós, trabalhadores e trabalhadoras da Educação, não iremos aceitá-la!
Se o PL 5595/2020 for aprovado, o direito à greve (conforme está previsto por nossa Constituição) permitirá que apenas 30% dos educadores e educadoras possam parar suas atividades durante movimentos paredistas. Desse modo, não apenas a luta pelos direitos da classe trabalhadora será prejudicada, mas todo o processo de luta por uma Educação de Qualidade – com menos cortes e mais investimentos.
A Educação deveria ser vista como essencial do ponto de vista do aumento dos investimentos, garantindo um Ensino Público de Qualidade para todos os brasileiros e brasileiras ao invés do desmonte que temos assistido, com sucessivos cortes orçamentários e, consequentemente, a redução ao apoio aos nossos estudantes, que (como toda a sociedade) sofrem com a crise: temos atualmente mais de 14 milhões de desempregados e mais de 17 milhões de pessoas que não sabem se terão o direito a uma refeição no dia.
Precisamos aumentar a mobilização pelo retorno somente com vacina e que, na 167ª Plenária Nacional (22/05), possamos encaminhar uma estratégia de luta nacional.
A DN do SINASEFE já está articulando reuniões e mobilizações com as demais Entidades Nacionais (sindicais, populares e estudantis) da Educação para dialogar com as bases e pressionar os parlamentares contra o PL 5595/2020.
Essencial é a vida!
Vacina para todas e todos, JÁ!
Fora Bolsonaro e Mourão!
A nota é assinada pelos coordenadores de plantão da entidade, Camila de Souza Marques Silva (Coordenadora Geral), Marlene Santos Socorro (Secretária de Políticas Educacionais e Culturais) e Sônia Regina Adão (Secretária-Adjunta de Combate às Opressões).