Por que o anúncio do governo de não conceder reajuste deve fortalecer a Greve?

No dia 18/06 aconteceu a 174a. Plenária Nacional do SINASEFE, realizada de forma virtual. Estiveram representadas 25 seções sindicais de todo o país, através de 34 delegada(o)s, 31 observadora(e)s, 27 membros da Direção Nacional (DN) e 2 representantes do Comando Nacional de Greve (CNG), totalizando 94 participantes. 

No momento dos informes do CNG foi atualizado o quadro de greve no SINASEFE. Hoje temos 16 Institutos Federais em Greve e mais 6 em Estado de Greve pelo Brasil todo. São 42 dias de uma greve que teve entre diversas pautas importantes a Recomposição Salarial e a defesa da Educação Pública de qualidade.

Foi colocado em votação e aprovado a manutenção e fortalecimento da GREVE POR TEMPO INDETERMINADO em defesa do “Reajuste Já”. Inclusive caberá ao SINASEFE intensificar a pressão no FONASEFE para a entrada das demais categorias de Servidores Públicos Federais, já que o governo anunciou que nenhuma categoria receberá qualquer reajuste. Foram incluídos alguns pontos na pauta unificada da Greve, como a migração do PGPE para o PCCTAE e dos trabalhadores dos ex-territórios para o EBTT. Também foi aprovado o Regimento Interno do Comando Nacional de Greve.

Outros encaminhamentos desta plenária foram a participação do SINASEFE em evento online sobre a Contrarreforma do Ensino Médio promovido pelo CEFET-RJ; a construção de um calendário de lutas em conjunto com o Andes e a Fasubra na última semana de junho; que o SINASEFE produza um documento denunciando a tentativa de cassação do mandato do Deputado Federal Glauber Braga; que o SINASEFE fomente a discussão sobre alternativas para concretizar o afastamento de TAEs para qualificação que não requeiram o emprego de Técnicos Substitutos; e que a próxima plenária seja realizada em 29/06/2022, de forma híbrida. 

Apesar da aparente situação de conforto em trabalhar no IFC enquanto muitos trabalhadores em nosso país perderam empregos e ou direitos nesses últimos anos, apesar de a crise ter sido mais cruel com outros segmentos de trabalhadores, apesar do IFC oferecer condições mais seguras durante a pandemia do que foi possível para a maior parte dos trabalhadores do Brasil, nós não somos os privilegiados que às vezes somos levados a crer. Temos sido explorados como recursos humanos até o limite, em especial após o retorno presencial, com nossos salários congelados e corroídos pela inflação, com nossa instituição sendo cada vez mais sucateada e sufocada economicamente, com cortes que inviabilizam nossas atividades. Nossa situação é muito Grave! O que é possível fazer?

Já temos 16 Institutos Federais em Greve e mais 6 em Estado de Greve pelo Brasil todo ao longo de 42 dias. E agora com a retirada de R$ 3,5 BI do orçamento da Educação, esta greve se torna indispensável para a manutenção das nossas instituições, e por consequência, dos nossos trabalhos. Nossa situação é Muito Grave! O que é necessário fazer?

O SINASEFE se integra às ações do FONASEFE (Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais) em que estarão reunidos servidores de todo o país de 4 a 7 de julho para uma Jornada de Luta pela recomposição dos orçamentos, reposição salarial e negociação coletiva contra as privatizações; nos dias 28 e 30 de junho será transmitido um Seminário Online contra a Reforma do Ensino Médio, das 18h às 20h no dia 28/06 e das 14h às 16h no dia 30/06 pelo canal do SINASEFE no Youtube; e nos dias 27 e 29/06 o FONASEFE está propondo o movimento “#ocupa universidades” junto com as entidades estudantis, com atividades de mobilização para protestar contra os cortes de verbas e pelo atendimento das pautas de greve. 

Diante deste grave cenário o que podemos fazer em nossos campi? As mobilizações estão acontecendo em todos os IFs, e aqui no IFC não pode ser diferente. Precisamos nos unir aos colegas que estão fazendo o enfrentamento desta política absurda de desmonte da Educação Pública, e podemos fazer isso a partir de nossos postos de trabalho mesmo, conversando com nossos colegas e debatendo essa situação, criando as pontes necessárias para que o IFC mostre a força que tem. Por isso é fundamental fortalecer nosso Sindicato. Podemos mostrar essa força já na nossa próxima assembleia, parando nossas atividades em todas as unidades durante ela, para acompanhar e discutir nossos encaminhamentos e apontar os caminhos que nós, aqui no IFC, iremos seguir. O primeiro passo é esse, fortalecer o Sindicato com a nossa participação. 

Vamos à assembleia, vamos formar a unidade, e em unidade vamos derrotar este governo genocida e essas políticas de desmonte que colocam em risco nossa existência!

Há luta companheires!

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