Segundo dia de Congresso debate teses políticas, planos de luta e opressões

Pela manhã teses foram apresentadas. A tarde, Grupos de Trabalho discutiram temas e a noite plenária deliberou sobre teses de combate às opressões e plano de lutas

O segundo dia de CONSINASEFE se debruçou sobre as teses políticas, de plano de lutas e de combate às opressões. As 31 teses destes temas incluídas no Caderno de Teses foram apresentadas.

Na sequência, os delegados e delegadas, observadores e observadoras presentes se dividiram em cinco Grupos de Trabalho (GTs) para aprofundarem-se nas teses durante a tarde e o início da noite de sexta, 15.

A noite, plenária debateu e aprovou ou reprovou as teses de dois dos três grupos: combate às opressões e plano de lutas. As teses políticas acabaram não sendo debatidas na plenária geral em função do tempo.

Recursos ao Credenciamento

Pela manhã, três recursos foram apresentados solicitando credenciamento de delegados e delegadas que não tinham sido inicialmente autorizados pela organização do Congresso.

Dois dos recursos foram em torno da paridade de gênero nas Direções locais, desrespeitada nas Seções das delegações não credenciadas, ferindo o Estatuto do Sindicato Nacional.

O problema no credenciamento do outro recurso envolvia irregularidades na eleição de delegados em assembleias descentralizadas. Após as defesas e o contraditório, nenhum recurso foi aceito em plenário.

O plenário aceitou prorrogar o credenciamento para delegações que tiveram problemas com o deslocamento para Brasília. Assim, os números finais de credenciados só foi divulgado no dia seguinte, 16 (confira aqui) [atualizado em 19/11]

Teses apresentadas pela manhã

Após o fim dos recursos, as teses presentes no Caderno de Teses dos grupos de teses políticas, de planos de luta e de combate às opressões foram apresentadas em ordem definida por sorteio.

Grupos de Trabalho a tarde

Delegados, delegadas, observadores e observadoras foram divididos em cinco GTs para aprofundarem os debates sobre cada uma das teses. O método, utilizado nos diversos espaços do SINASEFE, parte do entendimento de que os GTs aproximam as pessoas presentes aos temas debatidos em cada tese por meio de espaços mais reduzidos do que a plenária geral.

Cada GT definiu sua metodologia de trabalho. De acordo com o Regimento interno do Congresso, aprovado nesta quinta, 14, para que uma tese passasse a apreciação da Plenária da noite era necessária aprovação de, no mínimo, 10% dos integrantes de um dos Grupos.

Congresso recebe representantes da Venezuela

Após a invasão da Embaixada da Venezuela, na última quarta, 13, uma rede de solidariedade se criou contra a truculência da ação dos simpatizantes do autodeclarado presidente do país, Juan Guaidó, que manteve funcionários da embaixada do governo daquele país em cativeiro por mais de 15 horas.

Já naquele dia uma comitiva de mulheres que acompanhava o Encontro Nacional de Mulheres do SINASEFE foi ao local prestar solidariedade aos funcionários da Embaixada, se colocando ao lado da autodeterminação do povo venezuelano.

Nesta sexta, o encarregado de negócios da embaixada venezuelana em Brasília, Freddy Efrain Meregote Flores, veio ao Congresso para agradecer a solidariedade especialmente das mulheres do SINASEFE e convidar para uma ação de defesa da Venezuela no sábado, 16.

Plenária da Noite define a desfiliação da CSP-Conlutas

Após a presença de Maragote Flores, a Plenária foi suspensa para sistematização dos trabalhos a partir das propostas trazidas pelos GTs da tarde.

Os trabalhos desta sexta, 15, foram retomados próximo as 22h. Inicialmente, foi votado e aprovado o início dos debates, apesar do adiantado da hora (a plenária noturna estava marcada inicialmente para 19h).

Na sequência, a discussão foi quanto a priorização das pautas. Após debate em plenário, o tema da desfiliação à CSP-Conlutas foi definida como a primeira a ser tocada. A proposta alternativa, vencida, era de seguir a ordem do Caderno de Teses, iniciando pelo tema do Combate às Opressões.

O método escolhido para a discussão sobre a desfiliação foi de três falas de três minutos, alternadamente entre quem defendia a desfiliação e a manutenção da filiação à Central.

Os argumentos a favor da desfiliação foram de que a CSP-Conlutas está afastada das bases e burocratizada, que a conjuntura precisa de reorganização dos trabalhadores, passando por outros espaços de construção e que atualmente a Central defendia posições sectárias.

Já os argumentos pela manutenção da filiação versaram sobre a necessidade de construir e disputar as posições da Central por dentro dela, de não deixar a Central em meio a esta conjuntura de fragmentação e que a CSP-Conlutas esteve historicamente na frente das lutas dos trabalhadores desde sua criação.

A votação foi vencida por contraste visual no plenário, com ampla maioria pela desfiliação.

Já próximo das 23h, após a discussão desta pauta o plenário decidiu encerrar os trabalhos, marcados para serem retomados no sábado, às 8h.